quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SIMULADO - SOCIOLOGIA

SIMULADO DE SOCIOLOGIA

PROFa Liana (3º BIMESTRE)


1º) (ENEM, 2005) Leia os textos abaixo:


TEXTO 1 - A situação de um trabalhador

Paulo Henrique de Jesus está há quatro meses desempregado. Com o Ensino Médio completo, ou seja, 11 anos de estudo, ele perdeu a vaga que preenchia há oito anos de encarregado numa transportadora de valores, ganhando R$:800,00. Desde então, e com 50 currículos já distribuídos, só encontra oferta para ganhar R$: 300,00, um salário mínimo. Ele aceitou trabalhar por esse valor, sem carteira assinada, como garçom numa casa de festas para fazer

frente às despesas.

(O Globo, 20/07/2005.)

TEXTO 2 - Uma interpretação sobre o acesso ao mercado de trabalho

Atualmente, a baixa qualificação da mão-de-obra é um dos responsáveis pelo desemprego no Brasil.


A relação que se estabelece entre a situação (I) e a interpretação (II) e a razão para essa relação aparece em:

(A) II explica I - Nos níveis de escolaridade mais baixos há dificuldade de acesso ao mercado de trabalho.

(B) I reforça II - Os avanços tecnológicos da Terceira Revolução Industrial garantem somente o acesso ao trabalho para aqueles de formação em nível superior.

(C) II complementa I - O longo período de baixo crescimento econômico acirrou a competição, e pessoas de maior escolaridade passam a aceitar funções que não correspondem a sua formação.

(D) II justifica I - O desemprego estrutural leva a exclusão de trabalhadores com escolaridade de nível médio Incompleto.

(E) I desmente II – O mundo globalizado promoveu desemprego especialmente para pessoas entre 10 e 15 anos de estudo.


2º) (ENEM, 2001) Os dados da tabela mostram uma tendência de diminuição, no Brasil, do número de filhos

por mulher.

Evolução das Taxas de Fecundidade

Época

Número de filhos por mulher

Século XIX

7

1960

6,2

1980

4,01

1991

2,9

1996

2,32

Fonte: IBGE, contagem da população de 1996.


Dentre as alternativas, a que melhor explica essa tendência é:

  1. Eficiência da política demográfica oficial por meio de campanhas publicitárias.

  2. Maior esclarecimento da população e maior participação feminina no mercado de trabalho.

  3. Introdução de legislações específicas que desestimulam casamentos precoces.

  4. Mudança na legislação que normatiza as relações de trabalho, suspendendo incentivos para trabalhadoras com mais de dois filhos.

  5. Aumento significativo de esterilidade decorrente de fatores ambientais.



3º) (ENEM, 2003) O quadro abaixo mostra a taxa de crescimento natural da população brasileira no século XX.


Período





Taxa anual média de

crescimento natural (%)

1920-1940

1,90

1940-1950

2,40

1950-1960

2,99

1960-1970

2,89

1970-1980

2,48

1980-1991

1,93

1991-2000


1,64


Fonte: IBGE, Anuários Estatísticos do Brasil



Analisando os dados podemos caracterizar o período entre

(A) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar.

(B) 1950 e 1970, como de nítida explosão demográfica.

(C) 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fertilidade.

(D) 1970 e 1990, como de decréscimo da densidade demográfica.

(E) 1980 e 2000, como de estabilização do crescimento demográfico.


4º) (ENEM, 2003) Ainda com base na tabela da questão anterior, é correto afirmar que a população brasileira

(A) apresentou crescimento percentual menor nas últimas décadas.

(B) apresentou crescimento percentual maior nas últimas décadas.

(C) decresceu em valores absolutos nas cinco últimas décadas.

(D) apresentou apenas uma pequena queda entre 1950 e 1980.

(E) permaneceu praticamente inalterada desde 1950.


5º) Um dos aspectos utilizados para avaliar a posição ocupada pela mulher na sociedade é a sua participação no mercado de trabalho. O gráfico mostra a evolução da presença de homens e mulheres no mercado de trabalho entre os anos de 1940 e 2000




(Fonte: IBGE, Anuários Estatísticos do Brasil)

Da leitura do gráfico, pode-se afirmar que a participação percentual do trabalho feminino no Brasil

(A) teve valor máximo em 1950, o que não ocorreu com a participação masculina.

(B) apresentou, tanto quanto a masculina, menor crescimento nas três últimas décadas.

(C) apresentou o mesmo crescimento que a participação masculina no período de 1960 a 1980.

(D) teve valor mínimo em 1940, enquanto que a participação masculina teve o menor valor em 1950.

(E) apresentou-se crescente desde 1950 e, se mantida a tendência, alcançará, a curto prazo, a participação masculina.


6º) (ENEM, 2007) Álcool, crescimento e pobreza

O lavrador de Ribeirão Preto recebe em média R$ 2,50 por tonelada de cana cortada. Nos anos 80, esse trabalhador cortava cinco toneladas de cana por dia. A mecanização da colheita o obrigou a ser mais produtivo. O corta-cana derruba agora oito toneladas por dia. O trabalhador deve cortar a cana rente ao chão, encurvado. Usa roupas mal-ajambradas, quentes, que lhe cobrem o corpo, para que não seja lanhado pelas folhas da planta. O excesso de trabalho causa a birola: tontura, desmaio, cãibra, convulsão. A fim de agüentar dores e cansaço, esse trabalhador toma drogas e soluções de glicose, quando não farinha mesmo. Tem aumentado o número de mortes por exaustão nos canaviais. O setor da cana produz hoje uns 3,5% do PIB. Exporta US$ 8 bilhões. Gera toda a energia elétrica que consome e ainda vende excedentes. A indústria de São Paulo contrata cientistas e engenheiros para desenvolver máquinas e equipamentos mais eficientes para as usinas de álcool. As pesquisas, privada e pública, na área agrícola (cana, laranja, eucalipto etc.) desenvolvem a bioquímica e a genética no país.

Folha de S. Paulo, 11/3/2007 (com adaptações).

Questão 10


ÁLCOOL: O MUNDO DE OLHO EM NOSSA TECNOLOGIA


Ah, fico meio encabulado em ter de comer com a mão diante de tanta gente!

ANGELI

Folha de S. Paulo, 25/3/2007.

Confrontando-se as informações do texto com as da charge acima, conclui-se que

(A) a charge contradiz o texto ao mostrar que o Brasil possui tecnologia avançada no setor agrícola.

(B) a charge e o texto abordam, a respeito da cana-de-açúcar brasileira, duas realidades distintas e sem relação entre si.

(C) o texto e a charge consideram a agricultura brasileira avançada, do ponto de vista tecnológico.

(D) o texto mostra disparidades na agricultura brasileira, na qual convivem alta tecnologia e condições precárias de trabalho, que a charge ironiza.

(E) a charge mostra o cotidiano do trabalhador, e o texto defende o fim da mecanização da produção da cana-de-açúcar no setor sucroalcooleiro.


7º) (ENEM, 2001)


O problema enfrentado pelo migrante e o sentido da expressão “sustança” expressos nos quadrinhos, podem ser, respectivamente, relacionados a

(A) rejeição / alimentos básicos.

(B) discriminação / força de trabalho.

(C) falta de compreensão / matérias-primas.

(D) preconceito / vestuário.

(E) legitimidade / sobrevivência


8º) (ENEM, 2001) A tabela apresenta a taxa de desemprego dos jovens entre 15 e 24 anos estratificada com base em diferentes categorias.



Região Homens Mulheres

Norte 15,3 23,8

Nordeste 10,7 18,8

Centro-Oeste 13,3 20,6

Sul 11,6 19,4

Sudeste 16,9 25,7

Grau de Instrução

Menos de 1 ano 7,4 16,1

De 1 a 3 anos 8,9 16,4

De 4 a 7 anos 15,1 22,8

De 8 a 10 anos 17,8 27,8

De 11 a 14 anos 12,6 19,6

Mais de 15 anos 11,0 7,3


Fonte: PNAD/IBGE, 1998.


Considerando apenas os dados acima e analisando as características de candidatos a emprego, é possível concluir que teriam menor chance de consegui-lo,


(A) mulheres, concluintes do ensino médio, moradoras da cidade de São Paulo.

(B) homens, com curso de pós-graduação, moradores de Manaus.

(C) mulheres, com ensino médio incompleto, moradoras de Belo Horizonte.

(D) homens, com dois anos do ensino fundamental, moradores de Recife.

(E) mulheres, concluintes de curso superior, moradoras da cidade do Rio de Janeiro.


9º) Os textos referem-se à integração do índio à chamada “civilização brasileira”.

I - “Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente. A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus.(...) É preciso congelar essas idéias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas.(...) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.”

Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994.


II - “O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito

simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.”

Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994.


Pode-se afirmar, segundo os textos, que


(A) tanto Terena quanto Jaguaribe propõem idéias inadequadas, pois o primeiro deseja a aculturação feita pela civilização branca, e o segundo, o confinamento de tribos.

(B) Terena quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois pretende mudar até

mesmo a língua do país, enquanto a idéia de Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o

direito à identidade cultural dos índios.

(C) Terena compreende que a melhor solução é que os brancos aprendam a língua tupi

para entender melhor o que dizem os índios. Jaguaribe é de opinião que, até o final do

século XXI, seja feita uma limpeza étnica no Brasil.

(D) Terena defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe acredita na inevitabilidade do processo de aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade brasileira.

(E) Terena propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa e progressiva, e

Jaguaribe propõe que essa integração resulte de decisão autônoma das comunidades

indígenas.


10º) De acordo com reportagem sobre resultados recentes de estudos populacionais,

"... a população mundial deverá ser de 9,3 bilhões de pessoas em 2050. Ou seja, será 50% maior que os 6,1 bilhões de meados do ano 2000.(...) Essas são as principais conclusões do relatório Perspectivas da População Mundial – Revisão 2000, preparado pela Organização das Nações Unidas (ONU). (...) Apenas seis países respondem por quase metade desse aumento: Índia (21%), China (12%), Paquistão (5%), Nigéria (4%), Bangladesh (4%) e Indonésia (3%). Esses elevados índices de expansão contrastam com os dos países mais desenvolvidos. Em 2000, por exemplo, a população da União Européia teve um aumento de 343 mil pessoas, enquanto a Índia alcançou esse mesmo crescimento na primeira semana de 2001. (...) Os Estados Unidos serão uma exceção no grupo dos países desenvolvidos. O país se tornará o único desenvolvido entre os 20 mais populosos do mundo."

O Estado de S. Paulo, 03 de março de 2001.

Considerando as causas determinantes de crescimento populacional, pode-se afirmar que,

(A) na Europa, altas taxas de crescimento vegetativo explicam o seu crescimento populacional em 2000.

(B) nos países citados, baixas taxas de mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida são as responsáveis pela tendência de crescimento populacional.

(C) nos Estados Unidos, a atração migratória representa um importante fator que deverá colocá-lo entre os países mais populosos do mundo.

(D) nos países citados, altos índices de desenvolvimento humano explicam suas altas taxas de natalidade.

(E) nos países asiáticos e africanos, as condições de vida favorecem a reprodução humana.

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